segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Long Live All The Mountains We Moved

Nunca diga adeus. Porque adeus significa ir embora. Ir embora significa esquecer. (Peter Pan)
O tempo se move realmente depressa; quando foi que o vi pela última vez? O que você andou fazendo? Ainda vai pescar toda vez que consegue? Eu ainda tenho algumas das suas iscas de peixe coloridas, porque você as escondeu no fundo do armário da despensa, embaixo das minhas botas de cowboy, e eu as encontrei outro dia. Coloquei-as junto das suas coisas, no roupeiro do quarto, segunda porta à direita. Ainda não me desfiz de nenhuma delas. Você sabe como eu sou péssima em dizer adeus, desejar tudo de bom, e boa vida! Parece decisivo demais; e como indecisa completa e assumida, sou alérgica a despedidas. Você ainda usa aquele seu boné de todo-dia? E seus óculos, eu espero que você os tenha consertado. E eu ainda não entendi como você foi embora, tirado de mim tão rapidamente, como em um bater de asas ao longe. Mas você ouve minhas orações, quando eu fico sobre os meus joelhos? Você tem um rosto que eu reconheceria sem pestanejar? E só me restou perguntar onde você está, já que estamos em mundos separados. Já faz um ano. Um ano e pouco. Eu lhe disse, não sou boa em despedidas. Ninguém deve ser. Por que alguém deveria? Adeus é uma daquelas palavras que sempre cortam você como uma faca. Ninguém é bom nisso. Então eu não vou me despedir, porque você ainda realmente não partiu. Parte de você está aqui, e enquanto ela continuar comigo, adeus não existe. Não para você, não para mim. Porque eu me recusarei a esquecê-lo, e eu espero que você faça o mesmo. Não diga adeus. Permaneça em mim. Deixe-me permanecer em você.

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